27 de abr. de 2012

Renascendo das cinzas

A torcida xinga, reclama, cobra e aplaude. Esse é o natural do torcedor, mas para alguns jogadores do Vasco esses verbos dão origem a uma sequência, nessa mesma ordem, que resume suas carreiras no clube.
Rômulo, Alecsandro e Dedé formam um grupo de atletas que já passaram por fases difíceis na colina histórica e, mesmo assim, vêem conquistando cada vez mais os apaixonados vascaínos.
Rômulo cansou de receber a culpa diante de más atuações do time, apenas por ser discreto. O volante é daqueles jogadores que correm o tempo todo, que jogam sem a bola e a insistência do técnico Ricardo Gomes no rapaz deu certo, tanto que hoje, quando não joga, é considerado uma grande perda e já foi até convocado para a seleção. Aí eu pergunto: o cara aprendeu a jogar bola do nada ? Acho improvável...a torcida é que demora para perceber que aqueles jogadores que não fazem gols e nem dão lindos dribles também são importantes.
Alecsandro já é outro caso. O jogador, após ser decisivo na conquista da copa do brasil, passou por uma época de vacas magras. Chamado de cone e vaiado em muitos jogos, ele marcou pouquíssimos gols no campeonato brasileiro e acabou até perdendo sua vaga para o então reserva Élton. Enfim, o atacante começou 2012 voando, é o artilheiro do campeonato carioca e vive uma boa fase do relacionamento com os chatos da arquibancada. Aliás, quem pensa que Alecsandro irá aprender a jogar bola algum dia se engana, pois sempre esteve muito ocupado fazendo gols...é o tipo de jogador que consegue ser contestado e decisivo ao mesmo tempo.
E o exemplo mais clássico de todos é o do recente ídolo Dedé. O Mito (como é chamado pela torcida) era conhecido como o zagueiro atabalhoado que machucou o capitão Carlos Alberto na véspera da semifinal da taça guanabara em 2010. Após quase ter sido dispensado, Dedé teve seu ultimato diante do Vitória, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. Foi o bastante para o zagueiro impressionar a todos que viram o jogo e iniciar uma caminhada que já conta com 2 prêmios de melhor zagueiro do campeonato brasileiro e pode culminar com uma convocação para a Copa de 2014.

E aí ? Quem não gostaria de ter uma segunda chance ?

Um comentário:

  1. O valor desse time não está na qualidade individual - fato é que ja tivemos elencos mais fortes - mas sim na trajetória individual de cada um,a qual se assemelha diretamente com a história recente do nosso Clube de Regatas. Prass foi de desconhecido à Muralha ; Dedé,de estabanado a mito ; Fagner,de promessa à postulante à amarelinha ; Rômulo,de discreto a porto seguro ; Diego Souza e Carlos Alberto,de bad boys a líderes ; Já Juninho e Felipe,nada mudou,bastou que continuassem sendo o que sempre foram

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